A Stellantis, criada a partir da fusão da Fiat Chrysler com a PSA, proprietária da Peugeot, está tentando traçar uma estratégia para seus difíceis negócios na China, o maior mercado de veículos do mundo, disse seu CEO Carlos Tavares.
Em uma coletiva de imprensa na noite de segunda-feira, Tavares disse que Stellantis criou uma força-tarefa composta por cinco altos executivos, para descobrir "o que deu errado" para a Fiat Chrysler e a PSA na China e para trabalhar em soluções para um retorno.
Ambas têm parceiros locais e fábricas na China, mas nenhuma está fazendo um bom trabalho, ficando muito atrás das marcas japonesas e alemãs.
Tavares disse que a empresa "não excluiria nada" em termos de revitalizar seus negócios na China.
Ele disse que são necessárias estratégias diferentes, pois é evidente que repetir o que foi feito no passado não vai gerar resultados satisfatórios.
Analistas acreditam que a China será crucial para o sucesso do grupo, pois planeja uma mudança para a nova era de eletrificação e direção automatizada. O grupo disse que terá 39 modelos eletrificados até o final deste ano.
As vendas de carros elétricos e híbridos plug-in totalizaram quase 1,37 milhão em 2020 na China, um aumento anual de 10,9%, de acordo com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis. É o maior mercado mundial para esses veículos desde 2015.
Stellantis, agora a quarta maior montadora do mundo, tem 14 marcas que vão desde Peugeot e Citroën a Jeep e Maserati.
“O propósito não é ser grande, mas ser ótimo no que fazemos”, disse Tavares, que já foi CEO da PSA.
Ele disse que todas as marcas teriam a oportunidade de "se recuperar" enquanto o grupo se concentra no crescimento lucrativo.
Ele disse estar "muito confiante" na entrega de suas sinergias planejadas de 5 bilhões de euros (US $ 6 bilhões), com 80% a serem realizados em quatro anos.